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.Mas esse obstáculo não parece com os outros.É um tipo diferente de medo umpânico nervoso mais do que o terror paralisante.Ele desliza as mãos pelos meus braços e aperta meu quadril, seus dedos deslizandona pele logo abaixo do meu cinto e eu estremeço.Gentilmente o puxo de volta e pressiono minhas mãos na testa.Fui atacada porcorvos e por um homem com rosto grotesco; o garoto que quase me atirou em um abismoateou fogo em mim; eu quase me afoguei duas vezes e é com isso que eu não consigolidar? Esse é o medo para o qual eu não tenho solução um garoto que eu gosto, quequer.transar comigo?O Tobias da simulação beija meu pescoço.Tento raciocinar.Tenho que enfrentar meu medo.Tenho que tomar o controle dasimulação e achar uma forma de tornar isso menos assustador.Eu olho para o Tobias da simulação e digo severamente: Não vou transar com vocêem uma alucinação.Certo?Então eu o agarro pelo ombro e nos viro, empurrando-o contra uma das colunas dacama.Sinto algo além do medo um formigamento no meu estômago, uma bolha de riso.Me encosto nele e o beijo, minhas mãos envolvendo-se em torno de seus braços.Ele pareceforte.Ele parece.bom.E ele some.Rio até que meu rosto esteja quente.Devo ser a única iniciada com esse medo.Um gatilho é puxado na minha orelha.Quase me esqueci desse.Sinto o peso da arma na minha mão e fecho meus dedosem torno dela, puxando o gatilho com meu dedão devagar.Uma luz brilha através doteto sua origem desconhecida e parados no centro do círculo de luz estão minha mãe,meu pai e meu irmão. Faça, sibila uma voz próxima a mim.É uma voz feminina, mas dura, como seestivesse cheia de pedras e cacos de vidro.Parece com Jeanine.O cano de uma arma é pressionado na minha têmpora, um círculo gelado contraminha pele.O frio viaja por todo meu corpo, deixando os cabelos da minha nucaarrepiados.Seco o suor da minha mão na calça e olho para a mulher pelo canto do olho.ÉJeanine.Seus óculos estão tortos e seus olhos vazios. Faça, ela diz de novo, mais insistente dessa vez. Faça ou eu mato você.Traduzido por Grupo Shadows Secrets 234Divergent 1 Divergent Veronica RothEncaro Caleb.Ele acena com a cabeça, suas sobrancelhas arqueadas, em simpatia. Vá em frente, Tris, ele diz delicadamente. Eu entendo.Está tudo bem.Meus olhos queimam. Não, digo, minha garganta tão apertada que chega a doer.Balanço minha cabeça. Vou dar a você dez segundos! a mulher grita. Dez! Nove!Meus olhos pulam do meu irmão para o meu pai.A última vez que o vi, ele me deuum olhar de desprezo, mas dessa vez seus olhos estão amplos e suaves.Eu nunca o vi comessa expressão antes. Tris, ele diz. Você não tem outra opção. Oito! Tris, minha mãe diz.Ela sorri.Ela tem um sorriso doce. Nós amamos você. Sete! Cale a boca! eu grito, segurando a arma.Eu posso fazer isso.Eu posso atirarneles.Eles entendem.Eles estão me pedindo isso.Eles não iriam querer que eu sacrificassea mim mesma por eles.Eles nem mesmo são reais.Isso é uma simulação. Seis!Não é real.Não significa nada.O olhar gentil do meu irmão parece como duasbrocas furando buracos na minha cabeça.Meu suor deixa a arma escorregadia. Cinco!Não tenho outra opção.Fecho meus olhos.Pense.Eu preciso pensar.A urgênciafazendo meu coração acelerar depende de uma coisa, e uma coisa só: a ameaça à minhavida. Quatro! Três!O que Tobias disse? Altruísmo e coragem não são tão diferentes. Dois!Solto o gatilho da minha arma e a deixo cair.Antes que eu possa fechar meus olhos,me viro e pressiono a testa contra a arma atrás de mim.Atire em mim em vez deles. Um!Escuto um clique e um estrondo.Traduzido por Grupo Shadows Secrets 235Divergent 1 Divergent Veronica Roth31As luzes se acendem.Estou parada sozinha na sala com as paredes de concreto,tremendo.Afundo sob meus joelhos, envolvendo os braços ao redor do meu peito.Nãoestava frio quando entrei aqui, mas agora parece estar.Esfrego meus braços a fim de melivrar dos calafrios.Nunca me senti tão aliviada como agora.Cada músculo do meu corpo relaxou deuma vez só e consigo respirar facilmente de novo.Não consigo imaginar passar pelaminha paisagem do medo durante as horas vagas como Tobias faz.Antes pareceucoragem para mim, agora parece mais masoquismo.A porta se abre, e eu fico em pé
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